O estudante que pretende fazer Engenharia Civil precisa ter habilidades com números, a Engenharia envolve muitos, muitos cálculos. Para realizar uma construção, por exemplo, é preciso considerar diversos aspectos, desde a área utilizada até a resistência de materiais — e para tomar as melhores decisões, não tem como fugir dos números. Por isso, espera-se que o candidato tenha uma aptidão já desenvolvida para Matemática, porque o curso vai trabalhar para dar uma sólida formação em ciências básicas que dependem desse conhecimento. Matemática, Física e Química são algumas dessas ciências que fazem parte do dia a dia de um engenheiro. Por isso, se você já tem afinidade com essas matérias no Ensino Médio, essa pode ser uma ótima opção para você!
Cada vez mais a informática entra na prática de trabalhadores de diversos setores, e com o profissional de Engenharia Civil isso não é diferente. Hoje, muitas tarefas que um engenheiro fazia manualmente são realizadas por ferramentas de TI (Tecnologia da Informação).
Então, para ser engenheiro no futuro, é preciso estar disposto a investir no conhecimento de informática e buscar formas de aplicá-la no seu trabalho. Afinal, se você conseguir automatizar tarefas, vai sobrar tempo para pesquisar, inovar, ser muito mais produtivo e desenvolver projetos diferenciados.
Competência para o planejamento talvez seja uma das principais habilidades no perfil do engenheiro civil. Afinal, todo o planejamento da obra vai depender dele, desde a definição do que vai ser feito, materiais necessários, orçamento, cronograma, alocação de recursos para a entrega do projeto, entre outras tantas etapas de uma construção. E o que isso exige? Capacidade para planejar, administrar e solucionar os problemas que sempre aparecem quando existe um projeto em andamento. O engenheiro precisa perceber como suas ideias vão influenciar o resultado dos seus projetos, levando em conta questões financeiras, ambientais, sociais e culturais.
Portanto, conseguir olhar o quadro como um todo e analisar as melhores alternativas para o planejamento e execução de uma obra são competências importantíssimas que ele precisa desenvolver. À medida que a tecnologia domina diversos setores do mercado, o engenheiro precisa ficar ligado nessas novas possibilidades e ter disposição para arregaçar as mangas e incorporá-las ao seu trabalho. Isso vai garantir que ele consiga desenvolver projetos cada vez mais ousados, rápidos, funcionais e a um custo menor. Em outras palavras, é o que ele precisa para se manter competitivo no mercado. Sem essa vontade de aprender, qualquer profissional — e o engenheiro também — fica obsoleto e seu trabalho perde a relevância. O resultado é que ele deixa de ser requisitado pela clientela.
Um projeto pode ser maravilhoso, inovador, criativo, funcional e ter todas as qualidades possíveis. Porém, se o profissional não consegue convencer o cliente e nem orientar devidamente os funcionários, ele nunca vai sair do papel.
Por isso, aquela imagem de que o engenheiro é o cara que fica sentado em uma mesa calculando em silêncio, sem interagir com as pessoas, está completamente ultrapassada.
Para fazer com que o projeto aconteça, ele precisa se comunicar, sim — e muito! Ele precisa argumentar com o cliente a respeito das características do projeto e do porquê de suas propostas, negociar com fornecedores e até mesmo explicar procedimentos e orientar os trabalhadores.
Além disso, um ponto muito importante que precisamos lembrar é que o engenheiro não executa os projetos, ele planeja. Então, para que suas ideias virem realidade, ele vai precisar trabalhar com outras pessoas. A comunicação é um fator-chave para quem precisa fazer as coisas acontecerem através do trabalho de uma equipe. E já que estávamos falando de comunicação e trabalho com pessoas, vamos para a próxima habilidade: a capacidade de trabalhar em equipe.
Como dissemos, o engenheiro depende que outras pessoas executem o projeto, mas não é só isso. Muitas construções são, na verdade, um projeto multidisciplinar, que envolve o conhecimento e a colaboração de diversos especialistas de áreas diferentes. Portanto, o profissional de Engenharia Civil precisa ser um profissional flexível, capaz de analisar as ideias propostas e utilizar aquelas que vão deixar o projeto mais interessante, atrativo e funcional, mesmo que seja diferente da sua concepção original.
Por isso, a habilidade para trabalhar em equipe, ouvir as pessoas, negociar intervenções e motivá-las a conseguir o resultado desejado é essencial para o sucesso nesta profissão.
Sempre que um projeto precisa ser desenvolvido, ele não pode ser adequado apenas à visão do engenheiro. Mais do que beleza, ousadia e qualidade, ele precisa ajudar o contratante a atingir os seus objetivos, seja ele uma empresa ou uma pessoa física. É por esse motivo que o engenheiro precisa ter uma visão sistêmica, quer dizer, ter um conhecimento amplo sobre o projeto e entender como ele se encaixa nos objetivos do seu cliente. Afinal, o resultado é muito mais importante do que o ego de qualquer uma das partes.
O engenheiro civil é um profissional que atua como liberal ou como empregado, em empresas de caráter privado ou em estatais. Na atividade profissional liberal, atua como consultor, responsável técnico de projetos e de obras e perito em apoio judiciário, dentre outras funções. Pode ainda militar na área docente e ter acesso a cargos públicos, via concurso ou por indicação, dependendo do caso e da função.
O engenheiro civil deve apresentar formação em ciências exatas, com o necessário conhecimento básico da causa científica, para que possa elaborar uma rotina de cálculo estrutural e reconhecer os limites técnicos de fórmulas empíricas e de programas para computadores, como exemplos de atividade de projeto. Deve desenvolver senso crítico e espírito de trabalho em equipe em, por exemplo, incorporação de projetos, quando normalmente é conhecido como “engenheiro de obras”. Os adjetivos profissionais aqui expostos são explicáveis em todas as funções que este profissional pode desempenhar. Desta forma, atenderá à premissa básica de sua função: pensar e gerar produto, raciocinando sobre ele mesmo e não simplesmente reproduzindo algoritmos ou métodos.
O engenheiro Civil pode definir esquemas de construção da estrutura, estabelecer o material a ser utilizado, calcular dimensões de peças e supervisionar as instalações; proteger, construir e reformar edifícios; captar e instalar rede de distribuição de água; construir usinas hidrelétricas para produção de energia; proteger e construir obras de porte elevado, como rodovias, ferrovias, aeroportos, viadutos, pontes, hidrovias, barragens etc.; analisar a resistência e permeabilidade do solo e do subsolo, definindo métodos, técnicas e materiais que devem ser utilizados na construção dos alicerces de edificações.